Mefistófeles, Chapolin e o Fausto de cada um de nós

Vamos ser honestos, poucos de nós leram o livro Fausto de Goethe (eu inclusive), mas tivemos o primeiro contato com essa obra através de outro grande artista Roberto Bolaños, conhecido com Chespirito (pequeno Shakespeare). Depois de assistir milhares de vezes anos a fio, e ter todas as frases na ponta da língua, como “chirrin” ou “chirrion” aprendemos (ou deveríamos ter aprendido) os perigos de tentar parecer o que não somos e desejar o que não possuímos.

Para quem ainda não assistiu ao episódio de Chapolin:

Agora que estamos todos com as palavras para desaparecer e aparecer decoradas, vamos conversar sobre o que somos nas redes sociais, ou melhor, aquilo que gostaríamos de ser. Quantos de nós não desejam conquistar a pessoa amada, parecer mais jovens, mais magros, mais ricos, mais famosos. Note que coloquei parecer, e não “ser”. Será que hoje em dia demonstrar que se é algo, não se tornou mais importante do que ser algo de fato? Transmitimos através das nossas fotos muitas coisas, como sorrisos, mesmo em dias que estamos tristes; Fotos apinhadas de pessoas, mas quando na verdade sentimos solidão.

(Mencionei as redes sociais, pois elas são o maior palco para nossa atuação, seja ela real ou não. )

O próprio Mefistófeles encontra campo farto para tantos desejos, faltariam varinhas para dar a todos. Quantas coisas (e pessoas) não gostaríamos que simplesmente desaparecessem, ou mesmo aqueles quilos a mais, ou que aparecesse a pessoa amada, dinheiro e outras coisas. Não recrimino aqueles que queriam assinar o contrato, apenas proponho uma reflexão sobre o valor de se conquistar as próprias coisas e de valorizar aquilo que você é. O próprio Fausto encontrou problemas quando conseguiu tudo que desejou, afinal o que desejou não era o melhor para ele próprio.

Antes de você colocar a gota de sangue no contrato, pergunto se o que você gostaria de ter ou retirar da sua vida já não se encontra dentro das suas capacidades?

Para ler Fausto, links abaixo:

https://www.facebook.com/antoniopimentablog/

https://www.instagram.com/antoniopimenta86/

5 comentários Adicione o seu

  1. Muito bom, Antonio, reflexões muito válidas em tempos em que uma chuva de likes parece valer mais que um abraço sincero.

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    1. Fica aqui meu abraço sincero por esse comentário tão carinhoso! Obrigado!

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  2. Gabriel Moura disse:

    Maravilha de texto. Ótimas reflexões. Obrigado por compartilhar obra tão magnifica.

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    1. Eu que agradeço pelos elogios Gabriel! 😀

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  3. Ellen disse:

    Adoro esse episódio do chapolin! Ótimo post!

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